Confiança
Confiança...
A brotar da esperança...
É broto tímido...Sensível...
Despontando ainda temeroso...
Por entre a selva de enrosco.
Busca ganhar consistência,
Força em suas raízes,
E sem perder as diretrizes,
Sustentar-se firme ilesa,
Mantendo a delicadeza,
Sem abalo da dureza,
De espinhos que furam...
Machucam até sangrar...
E vem a dor, que traz o medo,
Inseguro, sorrateiro,
Imponente, traiçoeiro,
Opositor...
Que chega forte a chacoalhar,
Ventania, vendaval...
Poeira que se levanta,
A contrapor a esperança,
Forte aliada, da ainda frágil,
Confiança...
Que luta com perseverança,
E persistência, salutar...
Na ânsia de atravessar,
A tempestade de desencantos,
Desilusões, desencontros,
Decepções e enganos,
Tão reais e necessários...
Quanto o ar que se respira.
Aprender a confiar...
É planta da terra a brotar...
É criança aprendendo a andar...
Menina moça aprendendo a amar...
Tudo já é, já está.
No tempo devido,
O pequeno broto, árvore robusta será!
A criança indefesa, passos firmes terá!
Menina moça...
Mulher de encantos a irradiar!
Abalo da confiança...
Mimo do ego!
Que não quer esperar...
Põe-se a chorar,
Sofrer e lamentar,
Querendo ser o centro,
A comandar o tempo,
Que sendo sábio senhor...
Jamais se sujeitará,
Aos desmandos,
Do lúdico, incoerente, menino...
Ego.
" Nem tudo que se quer, acontece no tempo do querer,
Pois na fé, na esperança, na perseverança e persistência,
No decorrer do tempo, que demanda a conquista,
Está o exercício da paciência, que exercita a humildade,
E resulta em sabedoria.
Virtudes geradoras de merecimento, para real aproveitamento,
Do que se espera conquistar."
Olavo Montana