Se nem eu, pelo versos que faço, ando
Nos meandros das palavras, não me leio
Como querem que entendam o que sou
Se nos versos me desminto e me enleio
Escrevo o que vai na alma, o que de fato sinto
Nunca finjo, nunca minto, tudo é verdadeiro
O poema porém, não segue a lógica do indivíduo
Não é o pensar mas a intuição que vem primeiro
Muito do que registro é sonho, além do meu ser
Uma porção fluída de uma estranha imaginação
Devaneios que não visam mudar a quem me ler
Mas ser somente sopros que balançam o coração
Por isso, sigo como tantos, perdido, nesta estrada
Sempre a sós, com meus delírios, moendo ventos
Quem quiser entender-me que leia Lacan or Jung
Minhas poesias são nuvens dos meus sentimentos!