Mataram as pedras

Mataram as pedras...

Para se construir um belo castelo

Mataram as pedras...

Misturaram nesse bolo, cimento, areia e tijolo.

Mataram as pedras...

As pequeninas, quebradas, desfareladas...

No meu sapato, não encontrei.

Mas as brilhantes somente na coroa do Rei.

Mataram as pedras...

Muros, asfalto?

Quem disse que as pedras não falam... Isso eu sei?

Perdoe as pedras, ao tropeçar, elas também podem te salvar...

Vou caminhando e muitos paralelepípedos encontrando...

Mataram as pedras...

Onde e quando?

Talvez, não sei?

Fui catando todas que consegui e uma delas te ofereci.

Mataram as pedras...

Jogaram num muro de concreto.

Sua morada?

Por acaso são de telha e palha?

Mataram as pedras, não, não...

As pedras são o meu doce lar

No caminho pensei?

Se matarem as pedras, onde mais viverei...

No chão que eu piso

Muitas pedras vou encontrando

A estrutura de uma vida, a vida não de um cigano.

Nas pedras contém...

A riqueza que muitos almejam pepita de ouro.

Mataram as pedras...

Não são pássaros que podem voar

Mas nas pedras um dia vão pousar...

Meu bem, no coração de alguém.

Mataram as pedras...

Para que todos nós pudéssemos viver bem...

Vivamos as pedras, mesmo mortas nós trás um bem.

Andréia Sineiro

Valença RJ 28/11/2013

Andréia Sineiro
Enviado por Andréia Sineiro em 28/11/2013
Código do texto: T4590614
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