Turbulência

Mar revolto que se inicia

Revirando a calmaria

Ondas ternas entram em rebuliço

Lança espinhos feito ouriço

Rouba a paz que residia

Tranquila e serena vivia

Estagnando o compromisso

Remetendo-se sem aviso

Mar revolto é turbulência

Invadindo feroz lindo dia

Sombreando de improviso

Pavor de um ser conciso

Na fúria da balburdia

Não explora consciência

Se deixa levar em conflito

Sem ver o que ensina o atrito

Mais maré alta é passageira

Vai e vem uma vida inteira

Repetindo quando necessário

Em movimento arbitrário

Ensinando que ao contrário

Da onda mansa confortável

Que induz indelével relaxo

Instinto permanente Inato

Maremoto desequilibra angustia

Mas sempre traz em companhia

Carga extra de alforria

Sorvida transformada em gratidão,alegria.

Simples dissipando a invencível tempestade.

Marli Rodrigues
Enviado por Marli Rodrigues em 20/12/2013
Reeditado em 26/12/2013
Código do texto: T4619305
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