" Questão de reflexão..."

Eis que no meu silêncio vem o pensamento,

e na calmaria sinto a tempestade

que me inunda, me afoga em mim próprio.

A mão vai ao rosto, os olhos adentram a mente;

as palavras pouco dizem, não tem peso;

as certezas, tão leves, vão a superfície,

e se tornam o que realmente são [supérfluas];

Uma folha, uma caneta, uma tela de computador;

um momento, um artista, um zé ninguém;

uma eternidade, um fragmento de um relógio,

um infinito dentro de mim.

O branco da folha, impecável, parece me culpar;

as palavras não ditas, não escritas, de nada servem;

a vitima das criticas, no fundo, sou eu.

E do leve ao pesado, do bem ao mal,

uma questão de perspectiva,

uma perspectiva para a questão,

uma questão de reflexão [...]

O que sou? O que quero afinal?

Um sorriso, um suspiro, uma noite?

Uma resposta para o MEU inexplicável,

a certeza do MEU incerto,

onde sou Deus, Diabo, critico, criticado,

as perguntas e, no fundo,

também a respostas mais simples.

AyA
Enviado por AyA em 14/01/2014
Reeditado em 14/01/2014
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