" Questão de reflexão..."
Eis que no meu silêncio vem o pensamento,
e na calmaria sinto a tempestade
que me inunda, me afoga em mim próprio.
A mão vai ao rosto, os olhos adentram a mente;
as palavras pouco dizem, não tem peso;
as certezas, tão leves, vão a superfície,
e se tornam o que realmente são [supérfluas];
Uma folha, uma caneta, uma tela de computador;
um momento, um artista, um zé ninguém;
uma eternidade, um fragmento de um relógio,
um infinito dentro de mim.
O branco da folha, impecável, parece me culpar;
as palavras não ditas, não escritas, de nada servem;
a vitima das criticas, no fundo, sou eu.
E do leve ao pesado, do bem ao mal,
uma questão de perspectiva,
uma perspectiva para a questão,
uma questão de reflexão [...]
O que sou? O que quero afinal?
Um sorriso, um suspiro, uma noite?
Uma resposta para o MEU inexplicável,
a certeza do MEU incerto,
onde sou Deus, Diabo, critico, criticado,
as perguntas e, no fundo,
também a respostas mais simples.