NOBRE MENDIGO.

No tempo em que eras nobre,

Tinhas abundância e avareza,

Agora que vives muito pobre,

Já sabes dar valor á pobreza.

Julgavas ser para sempre rico,

E teres o mundo a teus pés,

Hoje, a pensar nisso eu fico,

Na vida, existem muitas marés.

De rico avarento, a mendigo,

A vida, te deu uma boa lição,

Hoje sabes, quem não tem trigo,

Também tem direito a ter pão.

Passas pela rua a mendigar,

Com aqueles que desprezaste,

Andas teus pecados a pagar,

Tantas esmolas que negaste.

LuVito.