AMAR (parte II)



     Amar poderia ser leve e sutil
     como o gesto nobre de quem está atento
     no cuidar de quem se tem

     Ser forte como o clamor da voz
     dos poetas mais líricos
     no clarão e sublime
     e mais terno
     deste Luar

     Que o azul do Céu
     límpido e eterno
     em seu véu

                    faz-se poético e
                    iluminar

     Amar poderia ser...

     como
     os versos
     as taças
     os vinhos
     e os sabores

                    [de uma doce maçã]

     ser o muito obrigado, pelo gesto do outro
     à resposta aguardada

                    dentro de um coração


     ser o impulso inesperado
     do calor que no peito
     brota]


                    irradia-se por toda a alma
                    e floresce

     onde
     jamais
     se fez
     em vão


 
Entre céus e poesia
Enviado por Entre céus e poesia em 08/02/2014
Reeditado em 22/02/2014
Código do texto: T4682846
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