Em frente a mim

Tenho hoje uma agonia que não sei dizer quê

Pois pressinto a solidão que me vem inesperada

Não da falta de amores, não da falta de ninguém

Mas do excesso de mim que se espalha em palavras

Tenho medo de me ver e repudiar quem vir

Pois não sei admitir os erros que cometer

E agora estou cercado de mias próprias conclusões,

Escudos e opiniões empunhadas como espadas.