Por mais que seja...

Por mais pesada que seja a mão,

sempre há de afagar algum dia.

Espelhos de nossas desventuras,

as luzes da cidade, à noite,

são apenas mais uma testemunha

da nossa violência.

Por mais excessivo que seja o ódio,

sempre há de amar algum dia.

Milhares já nasceram e morreram

desde que o primeiro homem veio à essa Terra,

mas nenhum deles verá a grande explosão

de alegria e dor, quando do nascimento da paz.

Por mais esquecida que seja a esperança,

sempre há de existir enquanto a guardarmos.

Não há nada que se possa fazer pelo homem

no seu atual estágio de evolução.

Apenas esperar e esperar até que a poeira assente

e, dos escombros do passado, surja o novo.

Por mais desesperada que seja a causa

Sempre há de valer a pena carregá-la,

porque nunca houve um só dissidente

que não sonhasse em voltar para casa

e nenhum sonhador que não sonhasse

um futuro melhor para si e para a humanidade.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 11/03/2014
Código do texto: T4724920
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.