CHEGA!
Chega de querer um pouco de quase tudo! Como se as vivências, histórias, encarnações, pudessem no hoje fazer-se realidade!
Chega de brigar com os anseios, racionalizando-os aos moldes da sociedade como se o lugar das minhas histórias fosse a única realidade presente!
Chega de se acomodar com as circunstâncias achando que a vida de todos nós tem ditames estabelecidos e regrados pela imposição da ética.
Chega de falar suave se a voz do hoje é um grito de liberdade!
Chega de gritar aos ouvidos moucos do outro pela incapacidade de ouvir a própria voz!
Chega de se fazer de bom quando o mal que em nós reside é benéfico à natureza humana.
Chega de pensar no ruim se em nosso interior existe a essência do bem pronto para ser colocada em uso!
Chega de analisar ações quando o resultado é inócuo se sabemos que irrelevantes são nossos valores e ignorantes vivemos sem percebe-los.
Chega de querer o pouco, as migalhas que sobram em nossa mesa se de fato o que desejamos é a abundância do potencial que temos escondido em nossos labirintos.
Chega de fingir vivências se somos andarilhos da vida vagando de lá e de cá à lugar nenhum!
Chega de sorrir para o outro e chorar para si!
Chega de dizer sim se a palavra é não!
Chega de catar moedas quando há um pote de outro no fim do arco íris!
Chega de ver tudo em preto e branco quando o grande arquiteto construiu todo o universo colorido.
Chega de colocar toldos em nossa desesperança quando o sol da energia insiste em clarear nossos propósitos e realizar nossos sonhos!
Chega de olhar com os olhos marejados de lágrimas quando na verdade são elas que nublam a possibilidade do SER!
Chega de acordar atônito na madrugada sucumbindo ao medo da escuridão do “se” quando o amanhecer por si traz-nos respostas e soluções se o conhecimento é nosso desejo de fato!
Chega de esperar o amor se o que falta é o conhecimento dele!
Chega de falar de solidão se o caminho do hoje só tem acesso pra um!
Chega de arbitrar, esclarecer, defender ou abstrair-se se cada um é juiz de si!
Chega de memórias e histórias, até porque... CHEGA!