Estátuas

Somos todos estátuas pensantes

Pensamos que podemos tudo conquistar

Viver e sonhar

Pensamos parados em realizar.

Estátuas esculpidas pelo tempo

E fragmentadas a cada dia

Pedaços de nós se destroem

Racham, descascam, quebram, corroem.

Algumas estátuas tem olhos abertos

Corpos encobertos da nudez efêmera

Outras desnudas, imundas

de natureza profunda

Se corrompem, se acabam

E assim contaminam quem morre e quem mata.

Não sentem, não vivem, apenas arquejam

Vegetam desejos de paz

Mas vivem armados prontos pra peleja.

Estátuas que os "senhores" controlam

Não amam, imploram

A vida criar

Mova-se, mexa-se, mude-se

Não seja estátua

Vá realizar.

Erick Barros
Enviado por Erick Barros em 26/07/2014
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