Estátuas
Somos todos estátuas pensantes
Pensamos que podemos tudo conquistar
Viver e sonhar
Pensamos parados em realizar.
Estátuas esculpidas pelo tempo
E fragmentadas a cada dia
Pedaços de nós se destroem
Racham, descascam, quebram, corroem.
Algumas estátuas tem olhos abertos
Corpos encobertos da nudez efêmera
Outras desnudas, imundas
de natureza profunda
Se corrompem, se acabam
E assim contaminam quem morre e quem mata.
Não sentem, não vivem, apenas arquejam
Vegetam desejos de paz
Mas vivem armados prontos pra peleja.
Estátuas que os "senhores" controlam
Não amam, imploram
A vida criar
Mova-se, mexa-se, mude-se
Não seja estátua
Vá realizar.