Continue a Nadar

É noite de tempestade.

Meto-me em um mar furioso.

Estou sozinho.

Minha companheira agora se perdeu.

Minha sombra se foi.

Sou arrastado pelos ventos, e golpeado por ondas violentas.

Por um instante me vejo no centro da tempestade.

No olho do furacão.

Penso em desistir. Entregar-me ao incerto mundo desconhecido da morte.

Mas ao longe, avisto uma luz.

Vozes longínquas gritam,

(Não desista. Não se entregue. Lute).

E por um fio de esperança,

Boto-me a nadar em sua direção.

Os gritos me atiçam a prosseguir.

Continuo a nada. Continuo a nadar...