Rastros
Minha alma,
como um bloco imensurável de concreto,
desloca-se lentamente.
Pesada.
No seu rastro, alguns fragmentos...
ao que algumas pessoas chamam de poesia....
Minha carne, frágil,
já não é a mesma de ontem.
Morre todos os dias, morre em urgência,
E sinto que onde eu estava
já não existe mais.
Minha mente,
como se em chamas suportáveis,
observa a tudo e a todos,
os prazeres efêmeros e os desgostos,
parece suspensa em algum lugar
que não é meu corpo...
e permanece imóvel
em amarga consciência.