Literatura
Essa insanidade que corre minha mente
Toma minhas noites e meus pensamentos
Corroe meus sentidos me levando a uma loucura sem limites
Só quero me expressar,
Tremendo de angustia hedionda
Tirar da memória terrores ancestrais que me fazem gritar a cada amanhecer em claro,
Abandonar essas lágrimas sem sentido em meu rosto,
Esquecer minha incapacidade de sonhar e dizer simples palavras como "amor", "medo", "angustia";
Essa necessidade carnal de por para fora demônios que invenenam minha alma
Não sou capaz de falar...
Ao me olhar no espelho uma grande interrogação se mostra presente
O vazio...sem rosto, sem forma
A falta de um sentido para essa dança macabra chamada comumente de "pensamento"
Me sinto patético, frio; obliterado de sentimentos,
Me sinto um nada tentando encontrar conforto em algo que nem eu mesmo entendo
Patético...
Vislumbro em cada raio de um sol verde musgo e gélido a doçura da ignorância
Eu a desejo em certos momentos,
Não ver, não saber, não odiar
Um sonho perturbador cheio de mentiras que conto a mim mesmo de palpebras cerradas