UM DIA QUALQUER
Saí... Andei sem rumo pelas calçadas...
Por ruas e avenidas ensolaradas
Sem pressa de chegar... Sem pensar...
Apenas andei... Sem me preocupar...
Sentei para descansar no banco da praça
Ao meu lado, uma mulher sentou, e meio sem graça
Me deu uma flor, que ela tinha na mão
Me dizendo uma frase, tola, sem definição
E ali fiquei... Observando as pessoas...
Que desapareciam como vento levando folhas
Não param para ver a beleza das flores
Nem o revoar dos pássaros... nem o dia em cores
Vi pessoas trazendo a tristeza no olhar
Outras ligadas somente no celular...
Um jovem drogado, deitado no chão
Um menino pedindo: - Me compra um pão?
Sai da tal praça, querendo entender
O que faz o humano gostar de sofrer
Se tem sol e chuva que dá vida à terra
Porque tantos conflitos...misérias e guerras
A natureza é bela e perfeita ao entardecer
Que voltei lentamente, vendo o sol se esconder
Me vi tão pequena, diante da imensidão
Descobri porque Deus é amor, justiça e perdão.