Vai e vem

A gente morre e renasce tantas vezes

Como se amor acabasse e viesse novamente

Um tanto absurdo isso soa

É uma voz que dentro de nós assim ecoa

Havia um movimento para a mesma direção

Um movimento discreto

Como se nada pretendesse

Apenas romper a solidão de um momento

Se breves fomos na ida

Mais breve ainda fomos na despedida

Sem, ao menos, haver partida

Isso mudou todos os fatos

Um silêncio brutal nesse caminho se fez merecer

Um silêncio tão voraz dentro de nós

Que calou a voz de quem éramos

Como entender agora quem somos?

Quantas expectativas foram vãs

Em busca de uma ilusão perfeita?

Um reflexo de si

No outro estampado

Não era a maior felicidade

Viver do outro

Era só o começo da ciranda da verdade

Que trouxe a vida desnudada

Havia também o medo da imperfeição

A maior de todas as loucuras

E tempo sem fim para reflexão

De como nascemos e morremos tantas vezes

Khall Alves
Enviado por Khall Alves em 03/10/2014
Código do texto: T4985851
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