Na madrugada
"Hoje andando pelas ruelas, não
entendi bem o que os ventos
queriam me dizer.
Estava a mercê da música clássica
para viver sob este estado ao bel
prazer.
Não obstante a entender, segui o
caminho com essas
vozes.
O que será que eles queriam me falar?
Me alertar sobre os fantasmas
ferozes?
Agora já não convém mais a
esclarecer, apenas continuar o
sentido do destino.
Neste cosmo eternamente imenso
e eu tresvariando nele feito
menino.
São breves estrofes que componho,
banhado pelo laconismo por entre
os versos.
Com fragmentos do cotidiano,
paralelo aos transeuntes, cada um
em seus universos.
E a minha vida? O meu ser? O que
sou no hoje, o presente momento
e o agora?
Nada além do que uma criança
que se aventura no labirinto sem
saída aguardando a sua hora"