Ó Morte
"Pude ver diante de ti seres
frágeis e agonizantes
Que em prantos se dividem em
emoções conflitantes
No meu silêncio presenciei o
pesar e o aflito por viver
Daqueles seres frágeis que diante
de ti não sabiam o que dizer
Outra vez como todo o instante
você levou mais um
Para o limbo, cujo homem tem
conhecimento nenhum
Ó Morte, perdoe-nos pelas nossas
limitações
Vos eis uma ceifeira, pavor das
imaginações
Sua natureza incógnita é bela e
demasiada eloquente
Me faz entranhar em camadas
profundas da mente
E alcanço o estado de pura
loucura e temor
O desconhecido que há em ti, que
gera um doce sabor
Sabor apreciável em cada verso
de minhas poesias
Que em ti, as vejo com outros
olhos no fim dos dias
Enquanto o meu tempo não parar,
medito neste som incrível
Ó Morte, sinto você nessa nota
fúnebre tão sensível
Se os entes queridos forem antes
de mim para a viagem de ida
Minha sanidade entrará em lapso,
com alma triste ao andar da vida
Abatido, talvez até fora de si,
procurarei lidar com o medo
Fomentando o Doidivanas dentro
de mim desde cedo
Pois se eu observar a lua e ela
estiver me olhando
E as árvores nas ruas eu as ver
dançando
É sinal de que a minha poesia
ainda não sucumbiu
E a dor em meu coração me
tornará uma criança viril"