Ó Morte

"Pude ver diante de ti seres

frágeis e agonizantes

Que em prantos se dividem em

emoções conflitantes

No meu silêncio presenciei o

pesar e o aflito por viver

Daqueles seres frágeis que diante

de ti não sabiam o que dizer

Outra vez como todo o instante

você levou mais um

Para o limbo, cujo homem tem

conhecimento nenhum

Ó Morte, perdoe-nos pelas nossas

limitações

Vos eis uma ceifeira, pavor das

imaginações

Sua natureza incógnita é bela e

demasiada eloquente

Me faz entranhar em camadas

profundas da mente

E alcanço o estado de pura

loucura e temor

O desconhecido que há em ti, que

gera um doce sabor

Sabor apreciável em cada verso

de minhas poesias

Que em ti, as vejo com outros

olhos no fim dos dias

Enquanto o meu tempo não parar,

medito neste som incrível

Ó Morte, sinto você nessa nota

fúnebre tão sensível

Se os entes queridos forem antes

de mim para a viagem de ida

Minha sanidade entrará em lapso,

com alma triste ao andar da vida

Abatido, talvez até fora de si,

procurarei lidar com o medo

Fomentando o Doidivanas dentro

de mim desde cedo

Pois se eu observar a lua e ela

estiver me olhando

E as árvores nas ruas eu as ver

dançando

É sinal de que a minha poesia

ainda não sucumbiu

E a dor em meu coração me

tornará uma criança viril"

Moraes IV
Enviado por Moraes IV em 14/11/2014
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