SECANTE...

Lá vem o sol, por entre as folhas, secando o orvalho da triste madrugada que passou.

A vida é assim, para cada lágrima sempre haverá um facho, uma luz... Um desamor.

Que transformará duas almas, uma em lua, outra em sol.

Não na essência da lua bela e fria ou do sol belo esplendor.

Mas na distância que a sábia lei da natureza sempre anuncia,

Em pingos dos olhares das noites e dos dias que ela criou.

Por isso, aproveite os cânticos das cigarras, o silêncio da brisa,

O perfume da rosa escondida ou da escancarada flor.

Pois quem sabe um dia aconteça um milagre,

E o tempo retarde esses movimentos tão precisos,

Desfaça o feitiço e te mostre outro caminho,

Onde não haja um só pingo, mas apenas o sorriso,

De uma sensual e nova madrugada, que mude tudo.

E o sol virá não como secante, mas brilhante,

Dos brilhos dos teus olhos felizes,

Duma madruga sensual que nunca morrerá,

E a única lágrima que virá,

Será do gozo que nunca passou.

Da lembrança que marcou... De mais amor.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 11/12/2014
Reeditado em 11/12/2014
Código do texto: T5065578
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.