Do Meu Pequeno Espaço

Cansei de prolongar papos

Discutir com quem "é" ou "não é"

Vexar com ignorantes de plantão...

O meu discurso tem sido breve

Cada vez mais reservado

Mas, alguns verbos escapolem...

Alguns ouvidos sentem meus tons

De tantas dúvidas sobrando

Hoje me concentro e cuido mais aqui:

Do meu pequeno espaço

Tenho me deixado de lado

Largando proteções úteis

Para pechinchar espaços espremidos

No entanto, eles nunca me couberam

Sem querer, deixava a casa ser invadida...

A luz da razão estaciona

Põe direção no trilho desgovernado

E o caminho, agora, é luzente

Então regresso para o meu cantinho

Acanhado, vou montando as coisas...

Ponho a escrivaninha, os quadros, às flores...

Vou (re)pondo

Escrevo aqui, acolá...

Limpo em cima, em baixo...

Rego dentro e fora...

E a casa vem ganhando mais espaço

Envolvendo-se de cheiro e forma

Ninguém (me) invade mais!

E se... assuo a quem não respeitar!

E que o mau os acompanhe!

Rômulo Sousa
Enviado por Rômulo Sousa em 27/02/2015
Reeditado em 02/03/2015
Código do texto: T5152693
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