NUBLADO

Relâmpago

O raio que o parta!

Desperto na madrugada

De certo pesadelo, pálido.

Manhã aguada

De nuvens cinzas

Que retêm minha tristeza

E a deságua em lágrimas

Caindo em gotas estalidantes

Tempestade de inspiração.

Me olha

Me molha

Me chora.

Confundo-me com o céu

E seu nublado perolado

Lanço-me ao léu

Jogo as mágoas para o lado

E banho-me

Na água que escorre pelo corpo

E leva embora o pensamento torto

E lava a alma.

Chuva

Que desce pelas calhas

Tu enches meu corpo de insegurança

E faz-me afundar em antigas lembranças...

Adriel Alves
Enviado por Adriel Alves em 14/04/2015
Reeditado em 30/04/2015
Código do texto: T5206885
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