Anti-decrepitude do devir
As semanas, que entram e saem
como ágeis aviões
que sobem, voam, posam
ou até mesmo caem... ,
sempre nos ensinam
mais e mais
sobre o viver
e o incerto existir.
Existir que nos convida
à única certeza:
de que viver é lutar,
é chegar, sorrir, gozar
e, mesmo sem gostar,
também partir.
É ter mesmo que chorar,
quando vemos que subir
e voar ao infinito
também pode ser
um decrépito descer,
um estrépito cair
nas malhas do que é certo:
a incerteza
do devir!
(Poema extraído do Livro: "Geografia em poesias: tempos, espaços, pensamentos - Luiz Carlos Flávio).