Desvendar é preciso
Toda história
é convite pra navegar
em águas profundas, em vagas fecundas, em faces
desnudas, em chaves do mundo que contam seus vultos,
que somam seus fluxos, seus luxos, lutos, insultos. Ela guarda as verdades mais secretas, discretas que encantam as mentes mais inquietas por desvendar toda a terra, desvelando os permeios das (des) humanas guerras que (re) fundam a própria história. Ela permite espreitar, dos homens, os corações, suas razões,
seus caminhos e comunhões, encruzilhadas e divisões, seus atalhos e encalhes ou pontos (de)fendidos em seus sentidos
mais escondidos. Navegar é preciso pelo
mar do desvendar. Desvendar o homem,
a terra, seus sentidos
e luzes enterrados
nos escombros
da história
que está sempre a ser
reconstruída,
redescoberta,
reinventada,
reesculpida
(Poema extraído do Livro: "Geografia em poesias: tempos, espaços, pensamentos - Luiz Carlos Flávio).