MÁSCARA DA ILUSÃO

Ah! Como te apegas a coisas fúteis,
Apaixona-te por pessoas inúteis, sem sentido e sem noção.
Olha que o tempo não perdoa,
Te leva à maquiagem e a beleza inteira voa,
E as rugas te destoam e todo orgulho no teu rosto será em vão.
Ah! Como se engana que a beleza é eterna,
Vem o tempo e lhe passa a perna e desabas na velhice então,
E quando lembrares que era nisso que estava seu ego,
Lamento meu bem eu não nego, que perderás a pose e o salto;
Findou-se na estrada o asfalto;
E vai se sentir sem teto, sem espaço e sem chão.
Ah! Quando seu orgulho acaba,
O blush, o rímel e o batom tudo desaba, deixando sua face borrada,
Pois eles eram muitas vezes o trunfo da sua ilusão.
E o espelho surge e cuida do que resta,
Não tem mais alegria, acabou-se a festa e o que não presta reascende embaixo dos olhos e na testa, as marcas visíveis da desgastante decepção.
Ah! Como te encobres em sua vaidade, esquecendo-se de uma pura realidade,
O tempo é um exímio ladrão;
Pois roubará agilmente seu rosto novinho e inocente, deixando as marcas patentes das mordidas dos seus dentes e uma árdua dor em cada fio de cabelo que os pentes arrancarão.
Ah! Atente-se que sua idade veio e também se vai.
Sua máscara arrogante consequentemente um dia cai, te deixando amargamente triste.
Olha, que todas as lágrimas que vier derramar elas mesmas estarão incumbidas de te lembrar: o tempo passou, sua beleza já não mais existe.
Ah! Pela pele linda e o belo corpo me esquece?
Pela idade nova você se ensoberbece e achas isso mais importante do que eu?
Lamento sua ignorância, vem à velhice vai se a infância e em seu rosto o tempo faz a extravagância e tudo que era de importância, foi-se embora desmascarada pela ilusão, funestamente morreu.