Ponte
Arrisco um passo
no espaço vago,
ou caio no vão do teu abraço ?
Entre bruma e neblina me aventuro
pelo caos medido
do obscuro traço...
Atingirei o outro lado,
ou cedo iniciarei a volta
a um antigo e severo fado ?
Ensaio um gesto
em direção a frente
sem ver tempo ou gente
Pela frágil aparência que se estende
tateio a medo o vão de ti
ao ser que existo.