Alvoradas

As alvoradas

chegam sempre de mansinho

e nem mandam avisar. Elas chegam

sorrateiras provocando as fileiras a

olhar os horizontes, mesmo aqueles

bem ao longe. Elas invadem as calçadas e as

cercas, mesmo as farpadas, e transgridem

seu olhar. Elas espantam todos medos, desocultam

os segredos escondidos sem pudor. Só não gostam

de ser duras, de impor suas fissuras, deixam

a gente à vontade pra abraçar a liberdade

ou mirar outro querer: de até mesmo

desfazer do nascer

das alvoradas...

(Poema extraído do Livro: "Geografia em poesias: tempos, espaços, pensamentos - Luiz Carlos Flávio).

Luiz Carlos Flávio
Enviado por Luiz Carlos Flávio em 01/06/2015
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