SOBRE O TEMPO
Surge o tempo do nada;
o tempo sempre existiu,
fomos gerados para marcar
o tempo, pontuar a existência
das coisas que podemos ver
e sentir.
Do nada podemos ver o tempo,
numa evolução constante,
dinâmica que podemos chamar
de criações do universo.
Não temos um autor que determine o início de tal criação.
As únicas coisas que podemos ver,
sentir, sofrer suas influências são:
a terra, a água, o ar, o sol, a lua, os astros,
os planetas, são tudo o que nos mantém vivos.
Jamais teremos a orígem determinada num exato tempo.
Não contamos o tempo em partículas,
em pedaços, em porções.
O tempo apenas nos serve para
determinar o envelhecimento das coisas
e fatos que podemos ver
e tocar.
A consciência da existência,
bem como o seu início,
não passa de um relógio preso
à caminhada do Sol.
Todo ser vivo padece o fim das coisas
gerada pela própria natureza.
O sentimento é algo desligado
de qualquer divindade.
Criamos regras para evitar
o choque fatal e cataclísmico
das unidades existentes no
universo presente.
Nada mais podemos ver além da criação e morte
das coisas que julgamos ter
existido, chamamos de vida, algo
que produz qualquer coisa inclusive, o mundo em que
vivemos.
Talvez o tempo seja o autor
das coisas criadas para nós,
nada mais podemos atestar com
total e precisa certeza.
Pedro Matos