Filho do Mundo

Eu sou a pedra sedenta no rio

Sou filho do luar, amante de estrelas

Sou o pobre homem do campo

Vivendo a versar

poetizando problemas.

Minha alegria está na

Irrelevância do viver

Na página do livro rasgado que li

Suspiro meu está nos olhos azuis

Da donzela mais bela que em sonhos já vi.

Estou no caminho rumo a mudar o mundo

Quero ser tudo

Que tudo não sou, Quero fazer da flor mais sofrida

A fruta mais bela que o homem provou

Em luta,

brava luta me indigno

Pra salvar a fé da criança frustrada

Este mundo,

Mundo ainda não mudei

Mas fiz dos buracos sublime estrada.

Sinto ver a fragrância das rosas...

Mas foste a rosa que em carvão pretejou.

Sou a vida, a tristeza, o casulo,

Em minh’alma devaneio restou.

Sou o som em azul do vazio

O grito do dom que a pouco calou

Deitado em canetas enfrento a espada

Que no peito a amada

impiedosa fincou.

De olhos em olhos vou logo pousando

Meus versos covardes

Lhe acompanharão

E se o mundo,

Se este não mudo

Me contento em tocar mais um coração.

G Trindade
Enviado por G Trindade em 02/07/2015
Reeditado em 09/07/2015
Código do texto: T5296878
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.