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PÁGINA - QUARTA POESIA - SARAU LITERÁRIO VIRTUAL
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Fila Sabino
Por seres pura, casta e plácida
Por não teres nada escrito
Por não seres ópera, crônica ou equação
Por seres virgem, natural e perfeita
É que estás página... ainda folha... vazia... vã
Por seres livre, insípida e inodora
És sápida ao faro de poetas
E cheiras ideia e criação
Nas mãos dos deuses pensadores
Deístas, virtuoses, criadores da razão
Por seres tudo e seres nada
Por seres prenha e seres vaga
É que vagarei em ti minha escultura
Morenas linhas de minh’alma
Que a ti nada acrescerão
Nem mesmo forma ou estrutura...
Convidativa, libertina e atrevida
Estarás nunca violada... sempre nua!
Mas, (su)posto que também és vida
(Su)posto que também pares
(Su)posto que também ames
(Su)posto que também fales
(Quo)ciente do querermos iguais
Que tal tecer-nos infinitos
...sem males
Infinitamente eternos habitantes
Dos sonhos (ir) e reais
... (su)posto que também cantes
... (su)posto que também cales?!
Agradeço, de coração, à amável poetisa Suely Andrade pelo convite a mim feito para esta participação.
Para este quarto texto convido, para participarem do Sarau Literário Virtual, os excelsos poetas:
José Luiz de Carvalho
Márcia da Costa Larangeira
Lúcia Moraes
Robertson