De mãos dadas com sua Alma
A menina sentiu vontade,
Sentiu curiosidade;
Passou da porta e olhou pra trás ainda,
Mas desejava descobrir em qual avenida
Aquela esquina a levaria.
Antes da saída
Um grande medo lhe doía:
Ela realmente acreditava
Que a sua Alma a salvo se manteria
Se a deixasse guardada
Dentro de uma gaveta trancada.
Porém, depois de tanta andança,
Depois de até ter conhecido em pessoa a Esperança,
Ela sentiu-se frustrada;
Seu coração com afetação lhe dizia:
'Minha dona querida, o que sinto é nada'.
Ela ficou triste,
Acabrunhada.
Foi quando um sábio lhe disse
Que o que a ela faltava
Era conhecer o mundo
De mãos dadas com sua Alma.
Nem repensou!
Pra casa voltou,
A gaveta destrancou
E para uma viagem a sua Alma consigo levou.
Então, a menina floresceu:
Reconheceu e entendeu,
Aprendeu e cresceu...
Resumindo, viveu.