Voltarei à inexistência
Do silêncio absoluto eu despertei
para o tempo
Deixando a inexistência para
gloriar este momento
Nas entranhas da mãe germinei a
cada mês
Vencendo obstáculos com grande
esbeltez
Alcançando à outra dimensão dei
as caras a fundo
Seja bem vindo Moraes ao
admirável novo mundo
Ao longo da vida uma pujança de
experiências
Agregando princípios para seguir
tendências
Tais caminhos que me definiram
como ser singular
Além dos padrões impostos, mas
com um preço a pagar
Preço por não viver na superfície
como os demais
Selecionando pessoas certas e
filtrando os normais
Ao possuir este senso incomum
me deparo com as questões
Não equações exatas e sim a vida
repleta de ponderações
Reflexão que a torno como hábito
para deliberar o caminho
Decisões que tomarei em meus
instantes sozinho
Hoje sou o jovem que sonha
chegar nas terras dos veteranos
Desfrutar dos projetos realizados
até a idade purificar os anos
Neste agora eu triunfo, pois sou o
futuro do meu passado
Mesmo com o paradoxo da
existência que não será decifrado
Porque eu não existia durante a
eternidade
E voltarei a não existir depois da
mortandade