POEMAS E SOLIDÃO

Solidão, minha companheira

destes momentos de magia.

Quando por pura ironia,

quando traço, faço linhas, palavras inteiras.

Palavras que se transformam em poemas.

Palavras belas, pequenas,

este é meu Dilema, minha Pena.

Ser prisioneiro apenas,

transformando os fonemas

em sons que o ouvido apenas

escuta, nada mais que isto...

Os transforma em Sentimentos,

em Gritos, em Lamentos,

de Alegria, de Tristeza ou de Constrangimento.

Poemas de Solidão, de Lamento,

os mais belos que faço e ouço.

Serão sempre meu Calabouço,

minha Prisão de Sentimentos.

Alguns, até que bons, outros tristes,

renego a tudo que existe,

e me tranco nestes Sentimentos.

Paradoxo interminável,

de Alegria e Tristeza,

de Êxtase e Lamento.

De não ser confiável.

De ser rude e Afável,

de ser o único amigo,

tudo isso ao mesmo tempo.

Poeta da Solidão,

me vejo de antemão

carregando meus Lamentos.

Apresentando-os aos Mundo,

exatamente como são,

sem Pinturas, sem Vestes, Vagabundos.

Apenas com Alma Invisível,

por pior que seja possível,

assim os enfrento, não fico Mudo.

São assim, puros e sinceros,

mostram a que venho, o que quero.

É assim, o ser sincero,

demonstro a todos o que venero,

o que me causa Repulsa e Dor,

nos traços do Nobre Escritor,

que faz rima...

É assim que somos Poetas,

enfrentamos as arestas,

das Palavras, as remodelamos,

mudamos e as deixamos

com rima, com Poesia,

em perfeita Harmonia,

com os Sentimentos, nada feito em vão.

Fazemos ser alegria,

Poemas e Solidão.

Quando o Poeta é Triste,

Tristeza ali não existe.

Apenas finge a Tristeza,

para formar a Beleza

que pra ela não passe em vão,

pega o Sentimento no ar

e com tamanha Sutileza

faz a todos enganar.

Faz seu Poema ser então

demonstrar, Tristeza e Solidão.

Poemas e Solidão,

beleza, tristeza, imensidão.

Pura Poesia, Magia,

do Poeta a Alegria.

Mexer com os sentimentos.

Fazer a Noite ser Dia,

em total Escuridão.

Trazer claridade e Luz à Noite

e como se a sentir um açoite.

Gritar de Dor e Alegria,

Ser Eterno como a Solidão.

Solidão de Poeta errante.

Poemas e Solidão.

Não se importar com a contradição,

apenas se impor aos Devaneios,

saber que a Poesia é o meio.

Que a Solidão, sua Amante,

nua, Bela, Formosa e Pura

o remete à Clausura.

Sua Pena é escrever somente,

nada mais apenas fazer sua parte.

Escrever Poesias, ser a semente

da Inspiração, ter em mente.

Que nada importa, apenas a Arte.

Solidão de Poeta errante.

Oh! Poeta...

NELSON TAVARES

Nelson Tavares
Enviado por Nelson Tavares em 11/08/2015
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