O Servo Da Poesia

Por favor, poeta, não te aquietes!

A madrugada ainda é menina

Há tempo para mais um café

Ou um chá, se desejares

um cigarro, se ainda fumas...

Mas por todos os menestréis,

não guardes na gaveta a caneta

e os papeis, se o poema ainda te chama,

corre os dedos, ascende a chama...

E enquanto as palavras gritarem

Enquanto os versos urgirem

Não poderás fechar os olhos que enxergam

mundos delirantes, que nascem em instantes

em que teus dedos varrem as linhas...

Lembra-te poeta:

Não és dono dos poemas...

Guarda apenas a alegria de transcreve-los

Não és Senhor da Poesia,

és servo!

Elisa Flor
Enviado por Elisa Flor em 01/11/2015
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