Homens feito Pano

Pendurados sem liberdade

Estão os homens feito pano

Quiçá na pupila tua apareça

Um barbante atado nas pontas

Varal no meio do quintal

Freme presas as cores

Na madeira que pendura roupas

São panos prisioneiros sociais

Algodão colhido no campo

Chumaços brancos de nuvem

No tear transformado em fio, tecido

Tingidos em matizes adequadas

Levado a sociedade costureira

Modelados em corpo humano

Costurados com grande zelo

Tornam-se segunda pele

Pertence de seus senhores

Secam agora nos varais

Homem despido aguarda!

Suas vergonhas descobertas

Acha isso tão natural

Enquanto expõem-se no varal

Obs.:Nem só de inspiração vive o poeta, vive de loucuras às vezes...eis uma das minhas rsrs. Abraços a todos vocês que me visitam. Meu carinho eterno, enquanto eu viver.

Jennifer Melânia
Enviado por Jennifer Melânia em 16/11/2015
Reeditado em 23/11/2015
Código do texto: T5451029
Classificação de conteúdo: seguro