Solidão indigesta

Prostrado nesta mesa recai sob

mim uma leve tristeza

A passos largos além do presente

eu alcanço a incerteza

A bebida dos deuses banha a

melancolia

Das privações que sofro faz surgir

uma doce utopia

A garota dos meu devaneios me

envolve em um romance de ouro

Porém, a faculdade racional faz

sentir um azedo agouro

Enquanto há o que especular eu

vou seguindo o vetor da euforia

Pois eu sei que neste cosmos

existe a razão da minha alegria

Novamente traços dela se

encontram em meu poema

Fazer arte escrevendo o estado

emocional é o meu dilema

E a tristeza? Ah, ela se manifesta

em companhia da solidão

Mesmo em uma noite inaudito

essas feridas voltarão

É neste momento que a vida tem

que valer a pena a ser vivida

O élan em minhas veias torna a

timidez uma barreira vencida

No âmago do meu corpo habita

uma ansiedade vital

Para ter você em meus braços e

desfrutar de um dia surreal

Gozar o sabor da sua pele, o suor

descendo pela suas curvas

A maciez da sua boca ao morder

sensualmente carnosas uvas

Neste frio em que me encontro

potencializa a libido

Sentir o desejo, os seus lábios

molhados para fica embebido

Enquanto você estiver ai, longe de

mim, ficará apenas a paixão

Uma inclinação do meu corpo que

aguarda a libertação

Moraes IV
Enviado por Moraes IV em 01/12/2015
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