Solidão indigesta
Prostrado nesta mesa recai sob
mim uma leve tristeza
A passos largos além do presente
eu alcanço a incerteza
A bebida dos deuses banha a
melancolia
Das privações que sofro faz surgir
uma doce utopia
A garota dos meu devaneios me
envolve em um romance de ouro
Porém, a faculdade racional faz
sentir um azedo agouro
Enquanto há o que especular eu
vou seguindo o vetor da euforia
Pois eu sei que neste cosmos
existe a razão da minha alegria
Novamente traços dela se
encontram em meu poema
Fazer arte escrevendo o estado
emocional é o meu dilema
E a tristeza? Ah, ela se manifesta
em companhia da solidão
Mesmo em uma noite inaudito
essas feridas voltarão
É neste momento que a vida tem
que valer a pena a ser vivida
O élan em minhas veias torna a
timidez uma barreira vencida
No âmago do meu corpo habita
uma ansiedade vital
Para ter você em meus braços e
desfrutar de um dia surreal
Gozar o sabor da sua pele, o suor
descendo pela suas curvas
A maciez da sua boca ao morder
sensualmente carnosas uvas
Neste frio em que me encontro
potencializa a libido
Sentir o desejo, os seus lábios
molhados para fica embebido
Enquanto você estiver ai, longe de
mim, ficará apenas a paixão
Uma inclinação do meu corpo que
aguarda a libertação