Cres ( cimento )

O céu de Soledade chora como criança cagada,

Quem tem medo da chuva olhando se assusta;

O ócio preguiçoso adentra pela nossa morada,

Pra ensinar com o tédio, que fazer nada, custa...

Adultos cagados, riem, a criança não sabe nada,

ainda sem mutação, falta-lhe a adequação justa,

mas, ela irá aprender durante a íngreme estrada,

que não é nada essa coisa fétida que, ora, assusta...

Varões veros perdem, esses pruridos tão infantis,

Crianças se desconfortam por ninharia, tão pouco;

A mão do tempo arremessa-as a estaturas, varonis,

tato infantil enrijece, a vista voa, ouvido fica mouco...

O mau cheiro inconveniente se mascara, com metal,

E a criança coitada, nem tem olfato pra tal perfume;

Homens sim, sabem escolher o que lhes é principal,

Ademais, sabem como fazer fertilizante de estrume...

Ao notar tanto luxo enfeitando às modernas latrinas,

Cogito se, o tempo humano foi ganho, ou, perdido;

E temo que eram muito melhores as antigas narinas,

fico em dúvida se, deveríamos mesmo, ter crescido...