A conquista do "Paraíso"

Uns se despem com as melhores roupas,

E saem para a rua com as almas peladas;

Pra notar tanto nem carecemos de lupas,

Basta discernimento nos dar alguns tapas,

capas aparentes, acabam sendo rasgadas...

Desejo, quem jamais ancorou nesse porto,

Digo, quem nunca sentiu o assédio aquele?

A questão, como buscar bem, tal conforto,

A alma costuma se esconder atrás do corpo,

Em última instância, fala que foi ideia dele...

Aos lícitos, alma hígida, paz de consciência,

aos outros, o prazer doentio de transgredir;

diga lá, quais parecem gozar da preferência,

vendo uma mesclada, amoral efervescência,

onde o erro é virtude, e fica proibido proibir?

Acho que, ser mais explícito sequer é preciso,

Mas, a coisa posta, se, falsa, alguém se oponha;

Duvido, entretanto, que ouça som desse guizo,

Estão todos mui felizes com seu quê de paraíso,

Só um pouco; pelados como lá, e sem vergonha...