Alma imunda
Do pecado que cometi
na véspera do ano que nasce
estou certa que não posso
encarar a minha própria face.
Ó meu Deus,
tão bondoso e compassivo.
Mais uma vez tua filha
agiu de modo possessivo.
A angústia ressurge
depois de dias de coragem
a fraqueza da carne ressalta
quão tola sou, sem ressalva.
Busco em ti a força que perdi
e o agora é o que tenho.
Agarro-me nas condições da fé
pé ante pé, galgo passos e os mantenho.
O que peço, cabisbaixo, é:
para manter-me reto.
Humildemente, necessito
honrar o Vosso credo.
Creio em Deus Pai
Todo Poderoso
e minha alma imunda clama
que meu ato não seja desonroso.