(R)EVOLUÇÃO
Tânia de Oliveira

Olhou-se no espelho e não conseguiu se ver
Ou captar a imagem refletida. Fora mais além.
Havia o ser, o além do ser e aquele imperativo
De querer conhecer o sentido de seu viver
Agora que se viu com a adrenalina de ser poeta,
De ultrapassar os limites das histórias vãs,
Adentrou na alma de todas as coisas
E não viu mais nada da superficialidade ali.
Elas, as coisas,  passaram a ter todo sentido
Porque elas agora podem ser elas mesmas,
Sem classificação de boas ou más. São só elas.
A poética insurgindo e inteirando tudo em si.
Tornou-se completo. Sou inteiro! Gritou louco.
Não importa nada, nem me ouço, nem me vejo,
Percebo, sinto. Não tenho medo. Apenas sinto!
Estou  emparedado no labirinto do mundo.
Mergulhei. Vi-me. Sou único, profundo!
 
 

 
Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 04/01/2016
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