Amanhecer d’uma saudade
saudade, pode ser de tudo
até de nós mesmos
E sabe ser infinita...
Amanhece...
E a brisa fresca brinda-me
com um beijo na face
sem alarde...
o sol, é doce realidade
e a vida corre, contra o tempo
Nele, não há vestígios do próprio tempo
Não há, o desgaste do mar, batendo nas rochas
Não há ranhuras, nem rachaduras
O tempo, é imune ao teu próprio passar
É moça co’ a pele de pêssego
É o frescor d’água, que se bebe na nascente
É o instante, de um beijo que arrepia
... os pelos, e enrubesce a tez
É o momento, que se pede ao tempo
Por favor! Pare!
Permita-me ficar!
Neste amanhecer, de braços abertos para o mar
E una, a distância que há, entre os corpos e as almas