Amanhecer d’uma saudade

saudade, pode ser de tudo

até de nós mesmos

E sabe ser infinita...

Amanhece...

E a brisa fresca brinda-me

com um beijo na face

sem alarde...

o sol, é doce realidade

e a vida corre, contra o tempo

Nele, não há vestígios do próprio tempo

Não há, o desgaste do mar, batendo nas rochas

Não há ranhuras, nem rachaduras

O tempo, é imune ao teu próprio passar

É moça co’ a pele de pêssego

É o frescor d’água, que se bebe na nascente

É o instante, de um beijo que arrepia

... os pelos, e enrubesce a tez

É o momento, que se pede ao tempo

Por favor! Pare!

Permita-me ficar!

Neste amanhecer, de braços abertos para o mar

E una, a distância que há, entre os corpos e as almas

Kellen Cristine
Enviado por Kellen Cristine em 07/01/2016
Reeditado em 07/01/2016
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