Terra Prometida

Dizem alhures, que a maré baixando,

Revela quem estava nadando pelado;

E que assim meu país estava nadando,

E, fez pose de sábio o estulto, quando,

Era apenas dividir o que tinha herdado...

Muitos desafios, aquém do horizonte,

Para lá chegar, demanda, que se rale;

Bom seria aprender co’a água da fonte,

Que nasce airosa no píncaro do monte,

Mas, gasta-se levando refrigério ao vale...

Mas, verme humano não abdica do alto,

Talvez, seja pra contraponto da baixeza;

Vê no orgulho, não na humildade o salto,

E só percebe quanto, de juízo ele é falto,

Quando, vida mostra verdadeira riqueza...

Mas, para muitos essa dura lição da vida,

Chega tarde, e não faz com que remoce;

Aprende como correr depois da corrida,

Como Moisés, até vê à Terra Prometida,

Mas, morre no monte sem tomar posse...

Homens são diáfanos, mas, nos falta luz,

sem essa, é impossível que a gente veja;

no escuro uns pegam cangalha por cruz,

veros pastores, atuam anunciando Jesus,

mercadores encenam, anunciando igreja...

A sublime paciência do Eterno vai acabar,

E sinais evidenciam que perto está a hora;

Fará retrair as águas desse enganoso mar,

Todas as falas inúteis perderão seu lugar,

daí serão abundantes, as bundas de fora...