Poema do Precavido

É preciso precaver-se de todos e de todas

Mas convem namorar com quantas puderes

São belas acima de tudo,as belas mulheres,

São graciosas acima de tudo gráceis fodas.

Quem há não seja um ladrão e uma puta?

Rouba quanto pode o melhor dos amigos

Amar a mulher é expor-se a perigos

Não amar torna ávida ingrata luta.

Concede o quanto pode em troca de caricias

) macho.A fêmea de prendas mil cercada

Vende o quanto aguenta em primícias

E na verdade não dá de graça nada.

Quanto ao certo e ao errado,confundem-se

As medidas:o certo é viver,o errado moralizar

Mas seta verdade, quantos não vão achar

Porque as religiões côas verdades fundem-se.

A beleza de um olhar suplanta toda lei

Um beijo eloquente é a moral da historia

Porem mais da metade pertence a dura grei

Que policia a vida com a moral ilusória.

Oh juiz,tão douto,e sobretudo sé se sabes

Que a justiça é um ideal, não cabe nos orbes...

Ser bondoso e clemente e tudo quanto é correto

Mas o homem é egoísta e o mal é irriquieto.

O rei calca as leis ao pé e ri:

Tudo alcança ,do avião ao colibri,

No mar o yacht,na terra o palácio,

Ao povo o labor, ao senhor o ócio.

Quanto Amim, livre de material necessidade,

Sou belo e ardente, as belas me querem,

As belas são feiticeiras ,o encanto requerem

De serem amadas e pagas, sem nenhuma fidelidade.

Oh mulher, cujo encanto é a melhor dita,

Gatinha manhosa, exigindo devoção sincera,

Vai pro diabo, minha adorada favorita

Supremo encanto e derradeira guerra!