Íntimo das Razões

Neste pedaço, um laço rendido

Espaço entre os entrelaços perdidos

Em comunhão com a natureza, sufixo

Ao reunir as memórias, detalhes prefixos...

Como o farol numa deblina

A lua desencadeou uma lembrança

Vaga, distante, evocação divina

Da paz que habitara, antiga esperança

Nuvens, cobrindo uma temporada

Sinais e vozes que sucedem o grito

Nessa dor que controla uma entrada

Contínuo a caminhar, imerso na jornada

Que vida pode ser consumida?

Meu corpo em desejos reprimidos

No leve som da sintonia, conduzida

Alma que ansea a paz habitada, não vivida

Pelo repouso das prometidas reflexões

O silêncio devastou a comprimida

Voz que pulsa o íntimo das razões

Mas que despede a verdade, ferida!

Consciência que nada facilita

O eco abafado num som maior

Por impulso, desabada e aflita

Vida roubada, sentimento que grita!

Contemplar o ssorriso que habita

Insigne e frágil ao recordar

A angústia de dias que transita

Da razão a emoção, prestes a falar

Sinais, conectados a uma verdade

O choro é vestígio da amargura

Enquanto os dias revelam perversidade

Acalmo o sintoma de arranha, loucura

Na ventania que decora a fantasia

Imaginar a felicidade inexistente

Seduzir o desejo de plena harmonia

Denegrida agora, cremação recente...

Roberto William
Enviado por Roberto William em 01/02/2016
Código do texto: T5530196
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