Meus Dias.

Meus Dias.

Há quanto tempo dei-me ao capricho

De ser criança inocente e pura,

Mamando os seios que mãe me dava

Envolto em panos doce ternura.

Sequer pensava em contar meus dias

Que fossem eles de atropelo,

Correndo solto pela varanda

E mamãe vigiando com tanto zelo.

Ao despertar-me dessa inocência

Menino ainda eu não entendia,

Que essa ventura de ser criança

Tão cedo ainda se acabaria.

E a inocência foi-se aos pouquinhos

Num vendaval de dor e de pranto,

Vendo os caprichos que a vida impõe

Toda a beleza perdeu o encanto.

E sem preocupar-me com dias vindos

Menos ainda os que perdi,

Memórias tristes contada em prantos

E as muitas dores que já senti.

E fui-me aos prantos viver meus dias

Mamãe chorando me abençoou,

Eu de criança tornei-me um homem

Ouvindo as preces que ela rezou.

Guel Brasil
Enviado por Guel Brasil em 19/02/2016
Código do texto: T5548280
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