Minha Vã Pequenez

Talvez, preciso me acalmar...

Sentar...

Respirar...

Reconhecer minha tribo

Para dizer aquilo que dói...

E que ainda doerá

Mas que é necessário revelar

Chorar meus penosos segredos

Sem guitarra para me acompanhar

Sem óculos para me amparar...

Sem agressividade nenhuma

Destranco a casa e acendo meu lar

Agora eu te mostro tudo

E você consegue ver tudo...

Não tem como voltar atrás

Já não posso te dizer “não” mais

Vê agora!

Vê que tudo se organiza nesse motim!

Olha minha cama!

Olha meu guarda-roupa!

Olha essas fotos aqui, jogadas...

Reconhece-me lá?

E o cheiro?

Fede?

E o espelho?

Revela-me?

Senta também!

São muitas coisas...

Diversas forças...

E tudo para esse dia

Feche os olhos!

Faça a equação

E chegue no resultado, agora:

Eu é igual aos meus eus

Esse outro elemento...

Esse que encontrava-se escondido

Faltava isso, não é mesmo?

Só isso para revelar minha aberração

Não há mais segredos

Agora, tu és livre

E tu podes escolher:

Esquerda ou direita

Eu?

Eu fiquei com a verdade

Eu, só, vou escrevendo

E, talvez, eu nunca termine minha arte

Rômulo Sousa
Enviado por Rômulo Sousa em 25/03/2016
Reeditado em 13/01/2017
Código do texto: T5584820
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