Às vezes me esqueço de lembrar, outras me lembro de esquecer!
Com o tempo a gente esquece de lembrar, lembra de esquecer, escolhe não pensar demais, não olhar pra trás, sentir sem permitir que a dor seja mais forte que o prazer, a gente aceita que não há prazer sem dor, bem como é preciso sentir a dor da privação e a exigente subordinação da renúncia para experimentar o sentimento do verdadeiro amor! Com o tempo a gente aprende que até o amor machuca, faz inflamar feridas já cicatrizadas, provoca tempestade onde imperava soberana a calmaria. Mas o amor... Ah, o amor é o único sentimento que, caprichoso como nenhum outro, deslumbrante como ele só, faz valer a pena as dores, os dissabores, as renúncias...