Água ao fogo

Já imaginei sonhos fáceis, fáceis na minha imaginação

Já socorri alguém da ira, mas não acudi a mim mesma

Já pensei que veria céus estrelados, hoje vejo azul sem cor

Já acreditei na chuva, hoje a vejo mentir para as plantas

Não sou mais eu mesma, sou alguém submersa ao presente

Já não falo por mim hoje sou escrava da minha ira

Sinto-a subindo, dos meus pés ao peito perturbado pelo acaso

E nele, ela se apodera como fogo em madeira seca

Ela me ensinou a revolta, a revolta contra o meu ser que arrepende

Se arrepende,

De ter sido eu

De sonhar

De lutar

De sonhar de novo

De me esquecer

Esquecer de hoje

Entre luz translúcida ela me espreita

E sabe a hora certa de atacar

Ela sabe, que sonho que luto

Que moldo obstáculos

Que os faço de machê

E assim conquisto

Um dia e outro

Mas o meu ser arrepende

Se arrepende

De ter sido eu

De sonhar

De lutar

De sonhar de novo

De me esquecer

Esquecer de Hoje

Andreza Gonçalves P
Enviado por Andreza Gonçalves P em 22/04/2016
Código do texto: T5613431
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.