Diploma

Na sina peregrina sofrendo, véritas,

cantil quase morto, pela inutilidade;

seguindo no deserto de almas áridas,

sonhando com oásis de sensibilidade...

O homo sapiens solta os seus bichos,

amando às coisas e usando, pessoas;

empatia se perde, entre outros luxos,

não obstante, interesse lhe teça loas...

Paixões blindam as janelas das almas,

e cegos sem tato escolhem pelo gosto;

cabeças duras prescindindo dos elmos,

vergonha ausente, na palidez do rosto...

Bichos tentam, mas, a raça é resiliente,

amolece um tanto, e a dureza assoma;

e a honra, essa puta busca ao meliante,

o honesto, só um tolo com seu diploma...

A vergonha, que as almas defenestram,

erra também, não raro, é presa na teia;

por falta de pejo dos que a ela, castram,

vem a nós, e sentimos vergonha alheia...