Floresta

Floresta

Quando a desilusão

me empurra de desdém

entro nessa floresta

na pura ilusão

de ser outro alguém

- flor, raiz, ave, giesta...

E a floresta me abraça,

me afaga de suave,

me sussurra amores,

me perfuma de odores,

me liberta da entrave,

sacia-me em sua taça.

E a floresta me abriga

de meus ferozes medos,

de pavores medonhos.

Desfaz-me da intriga,

dos ódios, de bruxedos,

preenche-me de sonhos.

De cor funde visões

em mil tons verdejantes.

De melodias dolentes

- embalar comovente –

doce arfar de amantes,

de enlevadas paixões.

Floresta, minha dama,

de ar, de terra, de fogo,

meu corpo tão cansado,

que teu ventre reclama,

aceita-o, te rogo...

Floresta, meu obrigado!

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 19/06/2016
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