Justiça
Se da tua sede de justiça em teu ninho
Retiras os sonhos que te alimenta e te corrói
Na medida das curvas que a vida em ti constrói
Destinas-te nela ambíguo teu caminho
Serão voos solitários em vãs refregas;
Vãs ilusões da sede que te tem sem ter alívio
Vão-se em vãs contendas e em cada amigo.
Vai-se a esperança de um par voar contigo
Se te move justiça outra que não a tua
Atua em ti a recompensa então perdida;
Curadas sem reveses de além tantas feridas
Tuas vivas curvas te ensejarão florida rua